Antes, eu escrevia sobre tudo em um blog. Mas acabava ficando sem ter onde guardar meus escritos para você. Então, resolvi criar este blog como um lugar onde dividimos o closet, enquanto ainda não o dividimos na vida.
Aqui, escreverei apenas para você. Sem nomes. Sem identificação. Nós sabemos e isso basta.
Começo agradecendo.
Você diz que eu a ajudo muito. E ajudo, sim.
Eu digo que você mudou muito. E mudou, sim.
Destrinchando:
Eu a ajudo e isso é um fato. Porém uma ajuda financeira não se compara à ajuda que você me dá. Eu reclamo que você mudou, se esquivou, não me chama mais para ir para sua casa. Você se afastou e isso me deixa muito triste.
Só que eu teria me afastado e muito mais. Eu ando chata, intragável. Não estou bem. E espero ter percebido a tempo de resgatar a amizade tão linda e admirável que construímos.
Espero que você ainda se aproxime. E que não esteja tão assustada. Mas, se estiver, espero que se acalme, porque você não é amiga de uma louca, não, tá? Eu estou deprimida e é só isso (ou isso tudo). Depressão é uma doença que tem cura. E a minha vai ter, porque, finalmente, consegui aceitar minha condição.
Olhando friamente, percebo o quanto você me aturou, relevou. Sinceramente, acho que eu não teria tido tolerância para aturar o quanto eu te agrido verbalmente.
Você é amiga de verdade! E, amiga, eu vou ficar bem. Vou voltar a ter a leveza de quando me conheceu.
Peço apenas que não se afaste. Agora falta pouco. E sua amizade é o que tenho de mais importante. Obrigada por isso também.
Com todo amor!